Sempre fui criticado pelos publicitários por fazer uma avaliação objetiva dos prêmios e festivais de propaganda. Talvez com razão. Tenho um viés em analisar o resultado para o negócio dos anunciantes.
E ainda para meu azar minha experiência com estes eventos pareceu comprovar alguns vícios: peças fantasmas (material inscrito sem ter sido veiculado), patrocinadores premiados (financiar o evento pode ser passaporte para prêmios) e egos partidos (participantes não suportam saber que outros podem ganhar prêmios).
Existe até um manual de "como inscrever e ganhar" em Cannes.
Não é por menos: o lugar é lindo, os restaurantes bons e é uma ótima desculpa para umas férias extras.
Recebo notícias da última edição do festival de Cannes que mostram a necessidade de se reinventar.
Comentários que circulam no TWITTER das palestras de Yoko Ono e Ben Stiller sobre ‘criatividade’ vão da ironia ao escárnio. Tentaram fórmulas manjadas para trazer uma ‘nova criatividade’...
O coroamento de um festival sem Criatividade foi o resultado óbvio de uma pesquisa realizada pelo Google e apresentada no evento. Seu vice-presidente de mídia concluiu: “O nível de lembrança das campanhas que interagem com o público é maior que outras ações que não interagem”. Ahh bom !
Parece que não será de Cannes que virão as novidades.
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez
ramirogon@uol.com.br
segunda-feira, 28 de junho de 2010
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