sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

QUANTO VALE O TWITTER?

Picocam informações sobre o valor do TWITTER. Pipocam também dúvidas sobre seu modelo de negócios.

O paradoxo atual: as novas mídias roubam audiência das velhas, mas não geram receita na mesma proporção. É um jogo de soma negativa. Exceção justa ao GOOGLE que encontrou sua fórmula para geração de caixa sustentável. Ao contrário, o TWITTER continua sendo uma caixa-preta!
O serviço de microblog Twitter que possui 175 milhões de usuários e foi avaliado por US$ 3,7 bilhões por investidores americanos, não abre ao público como faz receitas.
Como tudo que ronda o Modelo de Negócios das mega-empresas da nova mídias os dados são vagos, imprecisos e sem um racional de cálculo.

Baseado em que o TWITTER vale isso? Quais são suas fontes de receitas?

O que mais me intriga é que os gestores do twitter informaram no início do ano que focariam "todos os esforços" para transformar a publicação das mensagens em geradora de receitas.
Chama a atenção também que por US$ 3,7 bilhões você poderia comprar o "New York Times" ou o "Washington Post" . Tudo bem que estes veículos tradicionais estão em crise com queda de anunciantes e assinantes. Mas seu modelo de negócios é claro. Todo mundo sabe as fontes principais de receitas. Não é o caso do TWITTER.

Sabemos claramente seus centros de custos: 350 funcionários (com alta qualificação-> engenheiros de softwares, matemáticos programadores) e 12 servidores. Até o momento não se tem ideia de sua fonte de receitas. Os tweets promocionais lançados no início de 2010, parecem não ter tido boa aceitação (o silêncio sobre o assunto pode comprovar a tese).
O mercado de “REDES SOCIAIS” está tão aquecido quanto o mercado imobiliário brasileiro. Todo mundo quer uma rede social ou uma casa...
Há o Facebook (com o excelente filme sobre sua história -> em cartaz), o Zynga, o Farmville. O Facebook acaba de ser avaliado em mais de US$ 45 bilhões. Nada mal para uma empresa surgida de um fora levado pelo fundador em 2003.
Diferentemente do TWITTER, o FACEBOOK já mostrou ao mundo sua fontes de receita (anúncios e buscas especiais). E o TWITTER quando irá mostrar?

Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez -> http://que-midia-e-essa.blogspot.com/
ramirogon@uol.com.br
Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?

6 comentários:

  1. É um ponto que sempre conversamos, não é? E sabe o que? Acho que é o mais importante dentre todas as teorias dos 'grandes especialistas das mídias sociais' (muitos se auto-intitulam assim). Como fazer o Twitter e sites de jornalismo gerarem receita. Por enquanto, arrobas influentes como o @marcelotas e Luciano Huck fazem publicidade por conta própria. Ou seja, empresas e twitteiros já perceberam que o Twitter é um ótimo filão. Mas o 'Twitter empresa física' está extremamente cauteloso com relação à publicidade dos TT's. Lembro que realmente as pessoas não aceitaram muito bem, assim como não aceitam publicidade em tweets pagos não explícitos. Gerar receita deve ser um dos motivos para o NYT, por exemplo, querer criar sua própria rede social de notícias. Bjos!

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  2. é isso Lanna, a audiência é dividida ou dipersada em cada vez mais meios/ plataformas, sem receita para compensar. Tenho uma ideia arrojada: grandes blogs deveriam cobrar por comentários.
    Minha linha de pesquisa -> Valor da interação: já pesquisamos na FEA e dois conteúdos geram leitores dispostos a pagar por interação (interagir com o autor e ver o conteúdo PUBLICADO) - ESPORTES E POLÍTICA. Proposta de teste prático: comentar conteúdo de blog. Somente assinante do serviço. Todos podem ver conteúdo.mas comentar somente pago (mesmo que simbólico) Exame e Placar irão testar.
    Que tal testar no SEU BLOG ? Quando alguém comenta ele usa você em 2 vetores: 1)moderação: você é obrigado a avaliar a pertinência (ou ofensa) do conteúso; 2) o comentarista usa sua audiência.
    Ou seja comentar pode ter valor econômico MAIOR que ler um post.

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  3. Em tempo: sou um usuário fanático do TWITTER. Apesar se sintético, se você seguir as pessoas certas terá um panorama dos assuntos de seu interesse em tempo real.
    Gostaria que eles tivessem um modelo de negócios para sustentar essa plataforma.

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  4. Interessante debate com Lanna no Blog dela MODOMÍDIA:
    RAMIRO -> Respondi com um teste que faremos em blogs. Cobrança de comentários em blogs com alto tráfego. Vamos avaliar em junho 2011 os resultados. abs Ramiro
    LANNA -> Realmente a ideia de cobrar por comentários é arrojada. Alguns sites nos EUA queriam implementá-la. Acho que só funcionaria com grandes portais e sites de notícias. Mas somente essa medida seria suficiente? Bjos
    RAMIRO ->Olá Lanna, acredito que não seja suficiente. Mas a equação que mantém um veículo no a é:
    40% propaganda e publicidade; 25% assinantes; 15% compra avulsa de conteúdo , 10% cobrança por interação (comentário publicado ou moderdado, resposta e análise de comentário) e 10 % outras plataformas.
    Essa FUNÇÃO RECEITA pode sustentar o jornalismo investigativo.
    LANNA -> Ramiro, vc conhece algum jornal que começou a cobrar efetivamente por comentário? Ahhh, isso me faz lembrar um post que há tempos tenho que escrever. Vou tentar publicar ainda hj. =) Bjos

    RAMIRO -> olá Lanna, diretamente ninguém cobra, Mas vale a pena conhecer 2 experiências:
    1) FINANCIAL TIMES - Você compra conteúdo e ganha direito para interagir;
    2) EXAME: Cadastrou os comentaristas. Alguns conteúdos somente assinante.
    Não por coincidência, dois veículos de NEGÓCIOS.
    Abraços
    Ramiro

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  5. Olá Ramiro,
    Interessante esta forma de usar comentário dos blogs.
    Bom, achei esta matéria sobre tendências do meio digital para 2011, uma das tendências envolve o uso do QRCode, o mesmo conceito que alguns planos de negócio usaram este ano na FIA.

    http://www.vuelodigital.com/2010/12/22/5-tendencias-de-social-media-en-el-2011/

    Abraços

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  6. É isso aí Javier. Algumas turmas da FIA já experimentaram esse modelo. Pessoalmente acredito que o QR CODE é sub-utilizado no Brasil. Conforme os SMARTPHONES aumentarem a penetração de mercado, mais soluções irão aparecer.
    Abs

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