Este ano que termina será lembrado - nos compêndios de estudos de modelos de negócios nas mídias- como o ponto de inflexão dos investimentos publicitários.
Apresentamos no livro MÍDIAS e NEGÓCIOS a hipótese central que uma nova plataforma não destrói a antiga, apenas a reposiciona. Este reposicionamento é feito de forma primária pelo usuário e secundária pelo anunciante.
O anunciante sempre busca racionalidade na sua política de investimentos. Ele é a maior evidência (e o juiz de fato) das mudanças em mídia.
Afinal é ele quem paga a conta.
Movimentos no fluxo de dinheiro são apenas reflexo da eficiência das plataformas. Levantamento recente mostra mudança no direcionamento desses fluxos.
A empresa de pesquisa eMARKETER mostra que em 2010 os investimentos em mídia impressa -US$ 25,7 bilhões - foram superados em pequena vantagem pelos investimentos em publicidade on line - US$ 25,8 bilhões.
Parece pouco. Não é. O primeiro jornal americano tem mais de 200 anos, os anúncios on line têm menos de 20 anos.
Paradoxalmente a audiência total para jornais cresceu no período.
Ocorre que poucos computam o efeito DISPERSÃO DA AUDIÊNCIA: várias plataformas sendo acessadas com pouco profundidade em cada uma. Isso reduz a eficiência de TODAS as mídias, sem distinção.
Exemplo típico é a pesquisa da Forrester Research de nov-2010 mostrando que o americano gasta mais tempo on line do que assistindo TV. (o mesmo ocorre no Brasil, basta conversar com nossos alunos universitários).
Se todas as mídias perdem eficiência, qual razão há migração para on line?
Como nessa mídia há a possibilidade de interação e há uma busca ativa do usuário por assuntos de seu interesse, há maior probabilidade de uma ação promocional ser mais efetiva.
No Brasil ainda não há movimento na mesma intensidade (embora a direção seja a mesma) devida ao AUTOENGANO na relação Anunciante-Agência-veículo:
1) Um executivo anunciante preguiçoso, não irá mover a verba - que no passado foi um sucesso em determinado meio - para outro;
2) A agência não irá direcionar esforços para WEB onde é necessário muito trabalho e conhecimento. Sabemos que esforços on line são efetivos quando feito na base "one-to-one" e isso é trabalhoso e exige inovação em cada campanha;
3) O veículo ainda fomenta determinadas plataformas através do famigerado B.V. Ainda envolto em um manto de segredo e mistério. O assunto é tão tabu que muitos alunos de administração se formam sem saber de sua existência.
As evidências mostram que isso vai mudar.É só acompanhar os fatos que pouco a pouco vem a público.
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez -> http://que-midia-e-essa.blogspot.com/
ramirogon@uol.com.br
Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?
sábado, 25 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
O FIM DO CARTÃO DE VISITAS
Alguém lembra da época que se dobrava a pontinha do cartão de visitas antes de entregá-lo ao cliente ou ao colega de trabalho?
Virou algo tão fora de moda que alguns nem se lembram o motivo para fazer esta dobra: era para facilitar a localização no porta cartões. A "dobrinha" diferenciava o "seu" cartão dos demais.
TÍPICO DE SOLUÇÕES ANALÓGICAS -> Diferencial físico na informação.
Agora acabo de descobrir um Cartão de visitas virtual. Modismo passageiro? Pode ser. Pouco prático? talvez. Mas vamos investir um tempo para analisar as funcionalidades oferecidas.
Num único endereço na web você pode:
1)Compilar seu currículo;
2) Criar um portfólio de suas realizações;
3) Manter os contatos de todas as suas redes sociais.
Esse conceito foi criado por uma empresa-> a IdentyMe.
Rompe com o mundo analógico pois permite organizar e integrar sua presença nas redes sociais com sua vida profissional.
Em parte esse serviço tem sido oferecido (há pelo menos 5 anos) pelo LINKEDIN.
A novidadede é integrar um conceito que normalmente é ignorado por um pretendente a um cargo numa grande empresa: sua vida nas redes sociais. Engana-se aquele que pensa que sua vida na rede social não é avaliada. Ingenuidade do mundo analógico. As empresas sabem que parte importante de sua história está nas redes sociais e elas investigam isso.
A grande contribuição do IdentyMe é alertar o profissional: sua vida nas redes sociais também é importante. E aqui não cabe juízo de valor se isso é bom ou ruim, o processo é irreversível.
Quem tiver curiosidade em conhecer o conceito, visite -> http://identyme.com/
Boa sorte em sua próxima entrevista de emprego.
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez -> http://que-midia-e-essa.blogspot.com/
ramirogon@uol.com.br
Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?
Virou algo tão fora de moda que alguns nem se lembram o motivo para fazer esta dobra: era para facilitar a localização no porta cartões. A "dobrinha" diferenciava o "seu" cartão dos demais.
TÍPICO DE SOLUÇÕES ANALÓGICAS -> Diferencial físico na informação.
Agora acabo de descobrir um Cartão de visitas virtual. Modismo passageiro? Pode ser. Pouco prático? talvez. Mas vamos investir um tempo para analisar as funcionalidades oferecidas.
Num único endereço na web você pode:
1)Compilar seu currículo;
2) Criar um portfólio de suas realizações;
3) Manter os contatos de todas as suas redes sociais.
Esse conceito foi criado por uma empresa-> a IdentyMe.
Rompe com o mundo analógico pois permite organizar e integrar sua presença nas redes sociais com sua vida profissional.
Em parte esse serviço tem sido oferecido (há pelo menos 5 anos) pelo LINKEDIN.
A novidadede é integrar um conceito que normalmente é ignorado por um pretendente a um cargo numa grande empresa: sua vida nas redes sociais. Engana-se aquele que pensa que sua vida na rede social não é avaliada. Ingenuidade do mundo analógico. As empresas sabem que parte importante de sua história está nas redes sociais e elas investigam isso.
A grande contribuição do IdentyMe é alertar o profissional: sua vida nas redes sociais também é importante. E aqui não cabe juízo de valor se isso é bom ou ruim, o processo é irreversível.
Quem tiver curiosidade em conhecer o conceito, visite -> http://identyme.com/
Boa sorte em sua próxima entrevista de emprego.
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Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
QUANTO VALE O TWITTER?
Picocam informações sobre o valor do TWITTER. Pipocam também dúvidas sobre seu modelo de negócios.
O paradoxo atual: as novas mídias roubam audiência das velhas, mas não geram receita na mesma proporção. É um jogo de soma negativa. Exceção justa ao GOOGLE que encontrou sua fórmula para geração de caixa sustentável. Ao contrário, o TWITTER continua sendo uma caixa-preta!
O serviço de microblog Twitter que possui 175 milhões de usuários e foi avaliado por US$ 3,7 bilhões por investidores americanos, não abre ao público como faz receitas.
Como tudo que ronda o Modelo de Negócios das mega-empresas da nova mídias os dados são vagos, imprecisos e sem um racional de cálculo.
Baseado em que o TWITTER vale isso? Quais são suas fontes de receitas?
O que mais me intriga é que os gestores do twitter informaram no início do ano que focariam "todos os esforços" para transformar a publicação das mensagens em geradora de receitas.
Chama a atenção também que por US$ 3,7 bilhões você poderia comprar o "New York Times" ou o "Washington Post" . Tudo bem que estes veículos tradicionais estão em crise com queda de anunciantes e assinantes. Mas seu modelo de negócios é claro. Todo mundo sabe as fontes principais de receitas. Não é o caso do TWITTER.
Sabemos claramente seus centros de custos: 350 funcionários (com alta qualificação-> engenheiros de softwares, matemáticos programadores) e 12 servidores. Até o momento não se tem ideia de sua fonte de receitas. Os tweets promocionais lançados no início de 2010, parecem não ter tido boa aceitação (o silêncio sobre o assunto pode comprovar a tese).
O mercado de “REDES SOCIAIS” está tão aquecido quanto o mercado imobiliário brasileiro. Todo mundo quer uma rede social ou uma casa...
Há o Facebook (com o excelente filme sobre sua história -> em cartaz), o Zynga, o Farmville. O Facebook acaba de ser avaliado em mais de US$ 45 bilhões. Nada mal para uma empresa surgida de um fora levado pelo fundador em 2003.
Diferentemente do TWITTER, o FACEBOOK já mostrou ao mundo sua fontes de receita (anúncios e buscas especiais). E o TWITTER quando irá mostrar?
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez -> http://que-midia-e-essa.blogspot.com/
ramirogon@uol.com.br
Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?
O paradoxo atual: as novas mídias roubam audiência das velhas, mas não geram receita na mesma proporção. É um jogo de soma negativa. Exceção justa ao GOOGLE que encontrou sua fórmula para geração de caixa sustentável. Ao contrário, o TWITTER continua sendo uma caixa-preta!
O serviço de microblog Twitter que possui 175 milhões de usuários e foi avaliado por US$ 3,7 bilhões por investidores americanos, não abre ao público como faz receitas.
Como tudo que ronda o Modelo de Negócios das mega-empresas da nova mídias os dados são vagos, imprecisos e sem um racional de cálculo.
Baseado em que o TWITTER vale isso? Quais são suas fontes de receitas?
O que mais me intriga é que os gestores do twitter informaram no início do ano que focariam "todos os esforços" para transformar a publicação das mensagens em geradora de receitas.
Chama a atenção também que por US$ 3,7 bilhões você poderia comprar o "New York Times" ou o "Washington Post" . Tudo bem que estes veículos tradicionais estão em crise com queda de anunciantes e assinantes. Mas seu modelo de negócios é claro. Todo mundo sabe as fontes principais de receitas. Não é o caso do TWITTER.
Sabemos claramente seus centros de custos: 350 funcionários (com alta qualificação-> engenheiros de softwares, matemáticos programadores) e 12 servidores. Até o momento não se tem ideia de sua fonte de receitas. Os tweets promocionais lançados no início de 2010, parecem não ter tido boa aceitação (o silêncio sobre o assunto pode comprovar a tese).
O mercado de “REDES SOCIAIS” está tão aquecido quanto o mercado imobiliário brasileiro. Todo mundo quer uma rede social ou uma casa...
Há o Facebook (com o excelente filme sobre sua história -> em cartaz), o Zynga, o Farmville. O Facebook acaba de ser avaliado em mais de US$ 45 bilhões. Nada mal para uma empresa surgida de um fora levado pelo fundador em 2003.
Diferentemente do TWITTER, o FACEBOOK já mostrou ao mundo sua fontes de receita (anúncios e buscas especiais). E o TWITTER quando irá mostrar?
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
INFORMAÇÕES HIERARQUIZADAS? --------------------------------- DESCONSTRUINDO ESSE MODELO
Talvez a melhor maneira de entender o conflito entre as organizações/estruturas EM REDE X HIERARQUIZADAS é mostrar o antes e o depois da rede.
Assistam pelo menos 2 vezes. Motivo?
Na primeira para se surpreender
A segunda para interpretar.
Os conceitos "hierarquia" e "rede" são demonstrados de forma simples e objetiva.
Sistemas de Informação de Marketing hierarquizados ou em Rede?
........... Jornalismo hierarquizado ou em Rede?
Gestão da Informação hierarquizada ou em Rede?
THERE IS NO TOP ON W.W.W
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Assistam pelo menos 2 vezes. Motivo?
Na primeira para se surpreender
A segunda para interpretar.
Os conceitos "hierarquia" e "rede" são demonstrados de forma simples e objetiva.
Sistemas de Informação de Marketing hierarquizados ou em Rede?
........... Jornalismo hierarquizado ou em Rede?
Gestão da Informação hierarquizada ou em Rede?
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Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?
TVs ABERTAs X TVs FECHADAs: Quem perde, quem ganha
Está na câmara dos deputados a proposta para que as TELES passem a ter o direito de comercializar e fazer a distribuição de conteúdo para TV PAGA.
Há vários interesses em jogo pois os atores são empresas de TV paga, telefonia, produção de conteúdo e radiodifusão.
Essa disputa silenciosa vem ocorrendo desde 2007 entre as empresas de telecomunicações e os veículos tradicionais de produção televisiva sobre o destino do mercado de TV PAGA.
O PL 29, como é conhecida a nova lei, possibilita anúncios publicitários na TV PAGA nos mesmos moldes da TV ABERTA.
Típica disputa “rouba monte”. Na realidade os veículos tradicionais temem a migração de verbas publicitários para a TV PAGA, fragilizando ainda mais o seu modelo de negócios.
As TVS ABERTAS brigam para que as TVs PAGAS tenham receitas apenas vinculadas a venda de assinaturas. Não deixe de ser uma ironia, pois somos obrigados a ver intermináveis intervalos nas atuais TV PAGAS (em outras palavras: somos assinantes e mesmo assim "ganhamos os intervalos comerciais”)
Do ponto de vista estritamente técnico faz sentido haver outros canais de distribuição para conteúdo eletrônico televisivo. Com a evolução e a convergência das mídias não faz mais sentido em se falar em plataformas estanques, pois todas elas se integram.
Afinal TV DIGITAL, tv a cabo, tv aberta, tv por telefone nada disso interessa a audiência. Para ela o que importa é a conveniência em poder assistir o que, quando e onde quiser.
Mas há várias outras dimensões que precisam ser analisadas. As Teles são capital multinacional e a lei proíbe sócios majoritários estrangeiros na distribuição e produção de conteúdo para TVs.
Outro ponto a se analisar é a pulverização da produção de conteúdo, com a possível perda na qualidade.
Abrir simplesmente este canal de distribuição às TELES é uma decisão preguiçosa. O ideal era haver um estudo sobre as Mídias e como suas Plataformas irão se complementar.
Evidente que não há uma solução fácil para a questão, mas a convergência é irreversível.
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
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Há vários interesses em jogo pois os atores são empresas de TV paga, telefonia, produção de conteúdo e radiodifusão.
Essa disputa silenciosa vem ocorrendo desde 2007 entre as empresas de telecomunicações e os veículos tradicionais de produção televisiva sobre o destino do mercado de TV PAGA.
O PL 29, como é conhecida a nova lei, possibilita anúncios publicitários na TV PAGA nos mesmos moldes da TV ABERTA.
Típica disputa “rouba monte”. Na realidade os veículos tradicionais temem a migração de verbas publicitários para a TV PAGA, fragilizando ainda mais o seu modelo de negócios.
As TVS ABERTAS brigam para que as TVs PAGAS tenham receitas apenas vinculadas a venda de assinaturas. Não deixe de ser uma ironia, pois somos obrigados a ver intermináveis intervalos nas atuais TV PAGAS (em outras palavras: somos assinantes e mesmo assim "ganhamos os intervalos comerciais”)
Do ponto de vista estritamente técnico faz sentido haver outros canais de distribuição para conteúdo eletrônico televisivo. Com a evolução e a convergência das mídias não faz mais sentido em se falar em plataformas estanques, pois todas elas se integram.
Afinal TV DIGITAL, tv a cabo, tv aberta, tv por telefone nada disso interessa a audiência. Para ela o que importa é a conveniência em poder assistir o que, quando e onde quiser.
Mas há várias outras dimensões que precisam ser analisadas. As Teles são capital multinacional e a lei proíbe sócios majoritários estrangeiros na distribuição e produção de conteúdo para TVs.
Outro ponto a se analisar é a pulverização da produção de conteúdo, com a possível perda na qualidade.
Abrir simplesmente este canal de distribuição às TELES é uma decisão preguiçosa. O ideal era haver um estudo sobre as Mídias e como suas Plataformas irão se complementar.
Evidente que não há uma solução fácil para a questão, mas a convergência é irreversível.
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sábado, 11 de dezembro de 2010
P&G DESAFIA A TV ABERTA
P&G Americana migra estratégia
para as Redes Sociais.
Aprendi a admirar a P&G quando trabalhei no final da década de 80 na sua maior rival: UNILEVER. Minha primeira impressão é que os diretores da UNILEVER exageravam a importância e a força da P&G. Estava enganado. A P&G inventou o conceito de Gerente de Produto na década de 30!
Agoro vejo a notícia na MASHABLE – BUSINESS que a P&G muda sua estratégia (em 77 anos) como um importante patrocinador e produtor de novelas - gênero que a empresa ajudou a criar - em favor de produzir mais campanhas usando a mídia social.
Decidiram isso após realizar estudos que indicam que é “mais eficiente” trabalhar campanhas nas Mídias Sociais do que investir em patrocínio de novelas. (ex: campanha e promoção do SPICE no YOUTUBE)
A mídia digital tornou-se " integrada com a forma como atuamos, tornou-se parte da nossa maneira de fazer marketing", disse o chefe de marketing Marc Pritchard à Associated Press. "É das mais antigas formas de marketing – a propaganda boca a boca. – junto a mais nova tecnologia"
A empresa é um anunciante importante, pois gasta quase US $ 9 bilhões por ano para fazer propaganda de seus produtos. A empresa estudou, durante todo o ano 2010, estratégias de mídia social em plataformas como o Twitter, Facebook e YouTube.
Parece que perceberam o óbvio: está cada vez mais difícil gerar impacto no consumidor usando plataformas tradicionais.
Todos aqueles que estudam eficácia das mídias, começam a perceber o mesmo: a dispersão da audiência durante os intervalos comerciais. Os efeitos Zapping, Surfing e Afastamento impedem a retenção da atenção do consumidor. Ou seja, a perda da eficiência da TV aberta faz crescer a importância da Web.
Este assunto é TABU no Brasil. Poucos têm vontade em debater o assunto, uma vez que os interesses de agências e veículos podem ser contrariados.
Utilizamos velhas métricas como GRP e TARP para decidir investimento. É puro AUTOENGANO. E muita preguiça de executivo de Anunciante, pois na dúvida é melhor fazer o tradicional PLANO DE MÍDIA dos anos 80-90.
Os ventos da eficiência econômica e sua racionalidade aos poucos vão chegando ao mercado. Que o diga a P&G AMERICANA.
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
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Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
O PARADOXO DO WIKILEAKS CRIA IMPASSE NO JORNALISMO
Em julho deste ano escrevi sobre os possíveis impactos que o WIKILEAKS poderia gerar na forma como o conteúdo jornalístico é criado.
Era parte de uma análise para o livro "MÍDIAS E NEGÓCIOS", onde estudava as formas de geração de conteúdo colaborativo e sua remuneração.
Nem em sonho poderia imaginar que o impacto do WIKILEAKS atingisse este patamar no final de 2010!
Sem juízo de valor sobre o processo de obtenção dos conteúdos pelo WIKILEAKS, é inegável o impacto nas formas de obtenção de informação primária relevante.
O conselho editorial da TIME já decidiu dar o título de personalidade do ano a JULIEN ASSENGE.
Os sistemas hierárquicos - baseados em doutrinas de cadeia e comando - foram abalados com algo que se transforma organicamente e é rizomático (Recomendo a leitura sobre o conceito de rizoma)
Já mostramos no livro MÍDIAS E NEGÓCIOS que o comportamento em rede é antagônico ao comportamento hierárquico.
Empresas, organizações e escolas que trabalham baseados unicamente na lógica COMANDO-CONTROLE não conseguem entender a dimensão do fenômeno WIKILEAKS. Ao não ter a compreensão do que é o WIKILEAKS, tentam destruí-lo com medidas de força, o que só aumenta seu poder (a rede se fortalece quando atacada).
Prender o Julien Assenge é querer acabar com uma rede destruindo um de seus Nodos. A rede encontra outro caminho...
Novamente usam conceitos hierárquicos para impedir uma ação em rede. Não entenderam nada.
Cabeças do século 19 tentando direcionar jovens do séc. 21. Não dá liga.
Vejam a reação de lugares mais inusitados no vídeo abaixo (em chinês e legendas em inglês --> admirável mundo em rede)
De qualquer forma várias questões estão no ar:
1) Como seria um WIKILEAKS brasileiro recebido pela mídia?
2) Como um jornalista deve analisar a informação liberada?
3) Analisar o WikiLeaks do ponto de vista da dinâmica das redes sociais e da sua interação com as organizações hierárquicas. É um fenômeno novo e exige outra abordagem?;
4) Quais condições permitiram que WikiLeaks - um pequeno grupo de amadores, colocar de joelhos sistemas de poder em todo o mundo?
5) O WikiLeaks é centralizado?
6) Por qual razão o WIKILEAKS priorizou seu relacionamento com a mídia tradicional? (É paradoxal: um fenômeno digital fazer sua divulgação em sistemas tradicionais?)
7) O que explica a enorme solidariedade que WikiLeaks despertou no mundo?
Ainda estou tentando entender a dimensão do que é o WIKILEAKS.
Continuo estudando, aprendendo e criando hipóteses sobre o tema.
Afinal um dos conceitos do comportamento em Rede é não ter certezas e SIM dúvidas que a própria rede pode responder.
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
@ramirogoncalez -> http://que-midia-e-essa.blogspot.com/
ramirogon@uol.com.br
Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?
Era parte de uma análise para o livro "MÍDIAS E NEGÓCIOS", onde estudava as formas de geração de conteúdo colaborativo e sua remuneração.
Nem em sonho poderia imaginar que o impacto do WIKILEAKS atingisse este patamar no final de 2010!
Sem juízo de valor sobre o processo de obtenção dos conteúdos pelo WIKILEAKS, é inegável o impacto nas formas de obtenção de informação primária relevante.
O conselho editorial da TIME já decidiu dar o título de personalidade do ano a JULIEN ASSENGE.
Os sistemas hierárquicos - baseados em doutrinas de cadeia e comando - foram abalados com algo que se transforma organicamente e é rizomático (Recomendo a leitura sobre o conceito de rizoma)
Já mostramos no livro MÍDIAS E NEGÓCIOS que o comportamento em rede é antagônico ao comportamento hierárquico.
Empresas, organizações e escolas que trabalham baseados unicamente na lógica COMANDO-CONTROLE não conseguem entender a dimensão do fenômeno WIKILEAKS. Ao não ter a compreensão do que é o WIKILEAKS, tentam destruí-lo com medidas de força, o que só aumenta seu poder (a rede se fortalece quando atacada).
Prender o Julien Assenge é querer acabar com uma rede destruindo um de seus Nodos. A rede encontra outro caminho...
Novamente usam conceitos hierárquicos para impedir uma ação em rede. Não entenderam nada.
Cabeças do século 19 tentando direcionar jovens do séc. 21. Não dá liga.
Vejam a reação de lugares mais inusitados no vídeo abaixo (em chinês e legendas em inglês --> admirável mundo em rede)
De qualquer forma várias questões estão no ar:
1) Como seria um WIKILEAKS brasileiro recebido pela mídia?
2) Como um jornalista deve analisar a informação liberada?
3) Analisar o WikiLeaks do ponto de vista da dinâmica das redes sociais e da sua interação com as organizações hierárquicas. É um fenômeno novo e exige outra abordagem?;
4) Quais condições permitiram que WikiLeaks - um pequeno grupo de amadores, colocar de joelhos sistemas de poder em todo o mundo?
5) O WikiLeaks é centralizado?
6) Por qual razão o WIKILEAKS priorizou seu relacionamento com a mídia tradicional? (É paradoxal: um fenômeno digital fazer sua divulgação em sistemas tradicionais?)
7) O que explica a enorme solidariedade que WikiLeaks despertou no mundo?
Ainda estou tentando entender a dimensão do que é o WIKILEAKS.
Continuo estudando, aprendendo e criando hipóteses sobre o tema.
Afinal um dos conceitos do comportamento em Rede é não ter certezas e SIM dúvidas que a própria rede pode responder.
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
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domingo, 5 de dezembro de 2010
DEBATE : AUDITORIA DE MARKETING E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
Faremos na FIA USP - Campus Vila Olímpia - Debate sobre AUDITORIA DE MARKETING E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO com os palestrantes e debatedores:
Antônio Almeida - Diretor de Canais do HSBC para América Latina
Romeu Rossler - Presidente da DATAMÍDIA
Local: FIA - Rua do Rocio, 109- CEP 04552-000 - Vila Olímpia - São Paulo
Data: 8 dezembro 2010
Horário: 19:00 - 21:00 h
EVENTO GRATUITO E DIRECIONADO AOS ALUNOS DO MBA - MESTRADO FIA/ FEA USP
Vagas limitadas (capacidade 20 lugares)
Tenho ingressos para os participantes do Blog. Escrevam para ramirogoncalez@gmail.com
Antônio Almeida - Diretor de Canais do HSBC para América Latina
Romeu Rossler - Presidente da DATAMÍDIA
Local: FIA - Rua do Rocio, 109- CEP 04552-000 - Vila Olímpia - São Paulo
Data: 8 dezembro 2010
Horário: 19:00 - 21:00 h
EVENTO GRATUITO E DIRECIONADO AOS ALUNOS DO MBA - MESTRADO FIA/ FEA USP
Vagas limitadas (capacidade 20 lugares)
Tenho ingressos para os participantes do Blog. Escrevam para ramirogoncalez@gmail.com
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