sexta-feira, 5 de março de 2010

Quem decide hoje, assistiu TV ontem.... e amanhã?

Quem já trabalhou em grandes anunciantes sabe que a decisão de compra de mídia está impregnada com as referências e repertório de vida que o decisor possui.
Sabemos que as decisões de mídia possuem uma falsa racionalidade econômica - como demonstrado no livro é muito difícil ter métricas seguras de ROI (retorno sobre investimento). Portanto é de se esperar que no fundo a decisão é baseada em critérios pessoais, com claro viés provocado pelo repertório do executivo que trabalha para o anunciante.
Percebe-se que a escolha de mídia é feita subjetivamente em cima de um plano de mídia objetivo (às vezes pode até ocorrer o contrário....), com as métricas conhecidas C.P.M., G.R.P , T.A.R.P. e outras.
O viés principal pode ser entendido através do fato que a geração que está no poder (aquela que está trabalhando para o anunciante e portanto responsável por fazer a escolha das mídias) cresceu com uma televisão no centro da sala de sua casa, com todas as implicações que isso traz (horários rígidos de programação, geração e assimilação de conteúdo mono-tarefa, pouca interatividade com a mídia)
Suas decisões são afetadas (para o bem ou para o mal) por seus paradigmas.
Explica-se em parte o motivo pelo qual a TV aberta ainda é majestade. Mas até quando?
Quando a geração nativa conseguir chegar ao poder (em 5 ou 10 anos) quais serão seus paradigmas? Como a parte subjetiva da decisão pela escolha de mídia será inviesada?

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