sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

IMPÉRIO FACEBOOK

Nota: este POST foi originalmente divulgado no BLOG MODOMIDIA de Lanna Morais (Recomendo visitar o MODOMIDIA, muitas novidades por lá)

Era de se imaginar que nada se sustenta muito tempo na WEB. Second Life é um exemplo perfeito de como as novidades chegam e vão. Virou vida de segunda…

Entretanto, o Google parecia dominar isoladamente (e de forma perene) a primeira colocação no mundo digital. Os motivos eram claros: facilidade, relevância e universalidade. Nada mais fácil que digitar uma frase ou uma palavra e obter milhares de significados e explicações para ela.

A relevância está no auxílio incontestável que isso presta a cada usuário no seu dia-a-dia. Estavamos convencidos que nada poderia superar o GOOGLE. Engano digital.

Começam a pipocar evidências que existe algo que pode se contrapor ao Google: O Facebook. Primeiro foi a conquista de 500 milhões de usuários cadastrados em julho de 2010. Isso repercutiu bastante na rede com as equivalências com populações dos países. O Facebook seria o terceiro país no mundo em habitantes. Evidente exagero. Agora o banco de investimentos GOLDMAN SACHS acaba de avaliar o FACEBOOK em US$ 50 bilhões - ou aproximadamente R$ 80 bilhões. Para fazer outra comparação (exagerada), o FACEBOOK valeria mais do que o dobro do valor necessário para construir o trem-bala que conectará RIO- SP.
Está claro que o GOLDMAN SACHS não fez uma avaliação tradicional do valor do FACEBOOK. O valor presente (fluxo de caixa descontado) dificilmente atingiria US$ 50 bilhões – com uma geração de caixa anual ao redor de US$ 2 bilhões que o FACEBOOK possui hoje. No que o GOLDMAN SACHS está apostando? Nas mudanças no comportamento humano que o FACEBOOK traz.


Construi esta hipótese ao observar o comportamento de usuários em Londres:
Num Internet Cafe, perto da estação Bayswater – Hyde Park, é possível ver algo inconcebível há 5 anos: meninas islâmicas usuárias fanáticas do FACEBOOK. Sentado em um dos computadores – numa quarta-feira de janeiro de 2011 – pude observar um batalhão de meninas entre 19 e 25 anos chegando com véus (burcas) cobrindo os rostos. Já que existiam poucas posições nos computadores disponíveis, elas ficavam em fila aguardando seus 15 minutos para usar o FACEBOOK. Meu assento ficava imediatamente na direção do computador que elas estavam usando (eu havia locado o meu por duas horas), então, pude observar surpreso como era o processo.

Todas as meninas (eram 13) entravam na rede pelo FACEBOOK. Uma após outra esperavam sua vez de se conectar à rede de amigos. A curiosidade me fez ficar atento ao movimento. Arrisquei e perguntei (como se não soubesse) o que elas estavam fazendo. A que parecia mais velha no grupo (aproximadamente 25 anos) foi a única a responder: That is FACEBOOK! Ela rapidamente (e com pouca paciência) tentou me explicar o que era “aquilo”. Ouvi atento sua explicação. Quando senti que havia espaço fiz outra pergunta: ‘Seus pais sabem que vocês usam isso?’ Resposta: ‘eles não têm ideia que isso existe…’


Fiquei imaginando as consequências disso no comportamento daquelas meninas. E, mais importante, como o FACEBOOK poderia utilizar a informação disponibilizada por elas.

O FACEBOOK é a prova cabal que não se pode subestimar o poder de recuperação da economia americana. Declínio do império? Difícil imaginar. Onde, afinal, estão os servidores que armazenam os dados dessas meninas? Quem tem mais informações sobre a vida delas: os pais ou o Facebook? Mais do que uma tecnologia em rede, o FACEBOOK e uma tecnologia social. Fica difícil falar em declínio americano quando de f ato eles podem controlar as informações de meninas islâmicas melhor do que seus pais.
Começa a ficar claro o potencial que o GOLDMAN SACHS viu no FACEBOOK.

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