Seu enunciado mais importante foi a quantificação da informação num ENUNCIADO MATEMÁTICO, resumido na frase (uma redução sintética do conceito):
“a quantidade de informação num evento é inversamente proporcional a probabilidade dele ocorrer”.
Traduzindo em termos simples: menos provável, maior a quantidade de informação contida num evento. Exemplos clássicos desta proposição são a morte de Ayrton Senna e a Queda das Torres Gêmeas. Muitas pessoas não se lembram o que fizeram domingo retrasado, mas se lembram extatamente onde estavam (e o que faziam) quando receberam a notícia da queda das torres gêmeas. É disso que trata a tese de Shannon.
Os eventos improváveis carregam uma enorma quantidade de informação. O contrário também é verdade: eventos prováveis (conhecidos) carregam pouca informação. Exemplo simples é o fato de poucas pessoas lembrarem do trajeto que fizeram da escola para casa ou para trabalho. Simplesmente por ser repetitivo (conhecido) este é evento é muito provável e portanto carrega pouca informação.
Shannon foi o primeiro a sistematizar A Teoria da informação como um ramo da probabilidade e da estatística que lida com sistemas de comunicação. (não confundir com tecnologia da informação).
No processo de desenvolvimento de uma teoria da comunicação que pudesse ser aplicada por engenheiros para projetar sistemas de telecomunicação melhores, Shannon criou uma medida “ENTROPIA”, definida como logaritmo do grau de caoticidade da distribuição de probabilidade:
Confuso? Basta entender que essa caoticidade é a improbabilidade do evento ocorrer. No exemplo dado: Existe maior caos que a queda das torres gêmeas? Isso é a entropia.
NA PRÁTICA, COM FUNCIONA?
Muitos publicitários e comunicadores utilizam a teoria aplicada na prática, construindo a INVERSÃO DE EXPECTATIVA como forma de aumentar o impacto (quantidade de informação) numa mensagem. Os melhores humoristas conhecem a técnica e a utilizam na criação de piadas. O discurso é construído de tal forma a levantar a hipótese do evento mais provável ( a mente é direcionada a construir um final da piada") e de repente um fato novo inverte a lógica da narrativa causando o riso e a gargalhada.
É o final improvável da piada que a torna engraçada.
Prof Ramiro Gonçalez - FIA
Inteligência de mercado e mídia
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Autor: Mídias e Negócios e QUE CRISE É ESSA?